No curso de Letras conheci a filosofia de Arthur Schopenhauer, pensador alemão que ficou conhecido por seu pessimismo. Para ele, a vida não é nada mais que uma continuidade de dor (se pensarmos bem nascemos através da dor e, ao morremos, ou sentimos dor ou causamos dor a alguém, não é mesmo?). Existem algumas lacunas em nossa vida, ainda na visão do filósofo, que são preenchidas por pequenas alegrias, mas isso não passa de uma ilusão, pois logo a dor volta mais forte. Sim, mais forte, pois uma vez que conhecemos a alegria ou felicidade, ainda que momentânea, ao retornarmos à condição de dor, esse sentimento será amplificado pela falta daqueles.
Quando ouvi isso fui impelido a uma negação irredutível. Aquilo era irreal! Entretanto, meditei mais um pouco e cheguei a conclusão que a vida é mesmo assim. É um mar de dor, de cólera, de ilusões e frustrações. As pessoas correm de um lado para outro em busca de preencher sua vida de algo que as satisfaçam, que traga felicidade ao menos por algum tempo. Então a dor retorna, às vezes em proporções ainda maiores.
Mas porque eu rejeitei o pensamento de Schopenhauer e depois aderi a ele? Calma lá! Eu aderi em parte. Eu reneguei a princípio essa idéia porque ela pareceu ilógica diante da minha vida. Isso quer dizer que olhando para mim mesmo não conseguia enxergar aquela forma de existência. Mas bastou eu voltar meus olhos para o mundo e as escamas caíram dos meus olhos. Arthur Schopenhauer tem razão. A vida dele, assim como a grandessíssima maioria dos que habitam no planeta Terra, foi/são uma existência de constante dor, experimentando apenas alguns fragmentos de "felicidade". Quem nunca ouviu alguém falar: "O ano inteiro a gente sofre. Temos que ser felizes pelo menos nesses três dias!" Ouvi isso na TV durante esse carnaval (2009). Mas quantas pessoas não estão vivendo esse pessimismo, esse estilo de vida?
Foi quando eu olhei para mim mesmo outra vez e pude ver o quanto Deus é maravilhoso e poderoso. Ele dá a chance, através do seu Filho Jesus Cristo, do homem viver o reverso da teoria pessimista do pensador alemão. Isso significa que ao termos Jesus em nossa vida, quando vivemos junto a ele, vivemos uma vida de constante alegria e experimentamos breves momentos de dores, angústias, frustrações. Porém, esses momentos de tempestade servem para algum propósito, seja para nos ensinar, despertar, edificar. No final o Senhor sempre nos livra.
Muitas são as aflições do justo, mas o SENHOR de todas o livra. (Salmo 34:19)
Jesus Cristo é aquele que pode mudar a nossa vida para infinitamente melhor e o fruto do Espírito Santo nos enche de capacidade para viver uma vida de alegria e paz. (Gálatas 5:22)
Convido a todos a deixarem o pessimismo de Schopenhauer e embarcarem na visão de Deus para a humanidade, que é uma vida repleta de felicidade e abundância.
O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância. (João 10:10)
Naasom A. Sousa - Blog Letras Santas
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O autor, pela graça do Senhor Jesus, é escritor, compositor, cantor e aluno do curso de Letras (3º ANO) na UEPA.
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