13 novembro 2010

ENTREVISTA: Autor do livro ENTREVISTA COM O DEMÔNIO (Ed. Naós) responde a perguntas indiscretas

Pastor Ubirajara Crespo, através do seu blog SOB NOVA DIREÇÃO entrevista o autor do livro Entrevista com o Demônio:


Nos dê um pequeno resumo a respeito de seu livro

O livro “Entrevista Com O Demônio” é uma obra de ficção evangélica onde o personagem principal, um repórter ateu, narra sua aventura por ter procurado entrevistar pessoas supostamente possuídas por demônios, com o objetivo de evidenciar que demônios, assim como qualquer outro tipo de entidade espiritual, realmente não existem, mas, no transcorrer de sua reportagem, ele se deparou com o inesperado, ou seja, com um verdadeiro demônio.
O demônio, de forma amistosa, em entrevistas, menciona diversos eventos históricos onde, supostamente, há a intervenção de anjos caídos. A reportagem parece ficar satisfatória, mas o demônio começa a interferir na vida pessoal do repórter, levando-o a se envolver cada vez mais com o mundo do oculto e sobrenatural, sob a promessa de se livrar de desagradáveis manifestações paranormais que se iniciaram após a entrevista.

O que o motivou a escrevê-lo?

A primeira motivação, que acredito que deva estar diante de qualquer literatura cristã, é contribuir para a propagação do Evangelho, apesar da história girar ao redor do envolvimento de homens com demônios. Outra motivação, que determinou o tipo de tema abordado, foi a necessidade de alertar as pessoas quanto ao perigo de envolvimento com o sobrenatural, pois, apesar de se tratar de uma ficção, apresenta diversos fatos reais que mostram que entidades malignas podem nos influenciar de forma sutil e perigosa, passando-se por anjos, santas e, atualmente, até mesmo por extraterrestres que supostamente fazem contatos telepáticos com a humanidade. Por mais bem intencionadas que estas entidades possam parecer quando disfarçadas de espíritos bondosos, uma análise mais profunda revela que elas tentam ofuscar ou denegrir os ensinamentos bíblicos para enfraquecer o legítimo cristianismo, criando religiões ou filosofias anticristãs que afastam a humanidade de seu criador.

Qual é a importância deste tema?

Este tema se torna importante quando alerta pessoas quanto ao perigo de se envolver com práticas ocultistas de qualquer tipo, principalmente aquelas que aparentemente não são perigosas, tais como desenvolver a mediunidade para se livrar de certos desconfortos ou tentar contatar anjos. Estas práticas dão oportunidade para que seres malignos se manifestem disfarçados de seres de luz. O único ser sobrenatural que devemos procurar é Deus, o surgimento de anjos é mera e rara conseqüência de nossa comunhão com Deus. O único meio de se falar com Deus é através de oração, tendo a Jesus como mediador, se recorrermos a outras formas de comunicação, estaremos dando oportunidades a Satanás para que ele se passe até mesmo por Deus para nos manipular.

De que modo você consegue introduzir ensinamentos durante uma obra de ficção?

Uma ficção, para garantir pelo menos o mínimo de qualidade aceitável, deve ser verossímil. Deve pelo menos parecer, de alguma forma, com uma história real, assim, torna-se até fácil introduzir ensinamentos na ficção, pois os ensinamentos que são úteis na vida real certamente serão úteis na vida dos personagens. Acredito que as obras de ficção são valiosas ferramentas que podem nos mostrar o valor de ensinamentos em situações hipotéticas que poderão surgir no mundo real ou que até mesmo já ocorreram, mesmo que não tenhamos tomado conhecimento disto.

Como podemos resistir aos poderes malignos mencionados no livro?

Acredito que o primeiro cuidado que devemos ter com relação aos poderes malignos é manter-se distante do ocultismo sempre que possível. Analisando casos reais, observamos que a maioria das pessoas, que tem problemas com o sobrenatural, procurou certo envolvimento com práticas ocultistas. A Bíblia é nosso melhor manual de procedimentos para resistir aos poderes malignos. Vemos, por exemplo, em Deuteronômio 18:10-11 algumas sugestões para resistir ao mal: “Não se achará no meio de ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz estas coisas é abominável ao Senhor, e é por causa destas abominações que o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti”.
Acredito que histórias semelhantes ao do personagem Samuel, de “Entrevista Com O Demônio”, realmente ocorrem, e se iniciam com uma despretensiosa aproximação ao mundo oculto, mesmo que seja apenas para dar uma espiadela.
Agora, se a pessoa já está envolvida, resta apenas pedir socorro a Deus através de Jesus, pois somente Deus é capaz de realmente nos livrar dos males causados pelos poderes malignos. É grande presunção pensar que podemos resistir aos poderes malignos apenas com nossos esforços. Se a solução não vier através de Jesus, provavelmente não é uma solução de Deus e nem mesmo é uma verdadeira solução, por mais que pareça ser. Acredito que muitas pessoas, principalmente no mundo do espiritismo, pode se sentir livre de certas opressões malignas, mas isto é uma ilusão. O mal pode estar se manifestando de uma maneira tão sutil que a pessoa não percebe, pois as conseqüências podem ocorrer somente no mundo espiritual, tal como uma morte sem Cristo após uma vida aparentemente feliz e tranqüila.

Você pretende dar continuidade a esta mesma história?

Sim, pois acredito que o tema ainda está longe de se esgotar.

Fale um pouco sobre você.

Sou casado, tenho um filho de 24 anos, estou com 46 anos e há quase trinta anos sou evangélico. Também sou Oficial da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Atualmente comando uma Companhia de Policiamento. Acredito que minha formação e experiência profissional ainda contribuirão para que eu escreva algumas histórias interessantes. Como Tenente, dentre outras funções, trabalhei em um presídio militar, onde tive a oportunidade de evangelizar. Também trabalhei, por algum tempo, como Comando de Força Patrulha, no estremo da Zona Sul da cidade de São Paulo, onde fica o Jardim Ângela, que já foi considerada uma das regiões mais violentas do mundo.

Clique AQUI para adquirir o livro ou entre em contato com:




Editora Naós
Av. Fuad Lutfalla, 1226
02968 000 - São Paulo - SP
Bairro Pirituba - (11) 39928016


É bom investirmos em literatura compromissada com o Reino de Deus. Estes livros, junto com a leitura da Bíblia costumam nos ajudar a seguirmos nossas vidas neste mundo físico, para que tenhamos cuidado e vigilância a fim de não nos deixarmos desviar da verdadeira fé, do verdadeiro Caminho para a Vida Eterna junto a Deus Pai, que é JESUS!
 
Trecho do livro:
 

— Por vocês,demônios ou deuses, não gostarem do cristianismo é que sussurraram nos ouvidosdos romanos sugestões para que os seguidores de Jesus fossem jogados aos leões,por exemplo? — perguntei, com a intenção de abordar o aspecto mais clichê da crençado que vem a ser um modo de agir dos demônios: a capacidade de influenciar nasdecisões humanas através de sugestões.

— Nós nãoinfluenciamos os líderes romanos para que perseguissem os cristãos. Pelocontrário, nós sugerimos que o cristianismo fosse oficializado e tolerado emRoma.

Apesar de esperaruma resposta inteligente e cautelosa de Samara, de forma alguma eu esperavaesse tipo de afirmação de alguém que estava tentando se passar por um demônio.

— Você pode explicar maisdetalhadamente o que vocês, demônios, fizeram? — perguntei, verdadeiramenteintrigado.

— Nosso conhecimento da naturezahumana, adquirido com séculos de convívio e observações feitas mesmo antes doperíodo que vocês chamam de era cristã, indica que a devoção humana a certascausas aumenta quando encontra oposição. Os romanos, e não nós, sentiram suascrenças e autoridade ameaçadas pelo cristianismo e iniciaram uma terrível ecruel perseguição. Enquanto Deus estava se deliciando com o surgimento demártires nas arenas romanas, nós estávamos lutando para que as crueldadesterminassem. Nós conseguimos isso sugerindo que o cristianismo se tornasse areligião oficial de Roma, podendo ser praticada livremente. Assim acabariam osmártires e o fanatismo que nos atormentava — disse Merzadaque, parecendo maisum anjo que um demônio.

Enquanto eu tentava assimilar esse novo conceito de demônioestrategista e político, a empregada grande e gorda entrou na sala, sem seincomodar com o fato de estarmos fazendo uma filmagem, segurando uma bandeja comtrês grandes e bem cheios copos de suco de laranja, além de copos vazios e umajarra com água.

 

Eu estava maravilhado com a paisagem. Algumas naves de aparênciafantástica estavam flutuando em um ponto muito distante no horizonte. EnquantoMerzadaque falava, eu me lembrei que alguns artigos e discursos novaerensestinham um conteúdo bem parecido com o que estava sendo dito naquele momento porMerzadaque. Era um discurso antigo e cheio de conotação religiosa, mas não meincomodei com isso naquele momento.

— Qual é a razão de eu estar aqui? Por que você me procura? —perguntei, demonstrando mais interesse pela minha vida do que por aquelesuposto futuro da humanidade.

— A razão é que este futuro não existirá sem o seu auxílio —respondeu Merzadaque, com o olhar firme em mim.

— O que você quer dizer com isso? – perguntei, assustado.

— Você já ouviu falar naquilo que seus cientistas chamam de efeitoborboleta? — perguntou Merzadaque enquanto se sentava no chão para apreciar apaisagem, demonstrando uma descontração muito humana.

— Sim. Efeito borboleta é um termo usado na teoria do caos, paraafirmar que pequenos fatores podem causar grandes influências no curso naturaldos fatos. O nome vem da afirmação de que o bater de asas de uma borboletapoderia provocar um tufão do outro lado do mundo — respondi.

— Uma de suas futuras decisões gerará um efeito borboleta.O futuro que você está vendo neste momento depende de você — disse Merzadaque,voltando a apreciar a cidade espacial que estava à sua frente.

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